sexta-feira, 27 de novembro de 2009

História da Psicologia no Brasil e na Bahia

Para compreender o processo de desenvolvimento da psicologia observaremos determinadas idéias de pensadores, a partir da antiguidade clássica:

No séc. IV a.C. - na antiguidade clássica a mente era concebida em três aspectos: intelectiva, ativa e afetiva. O conhecimento dividido entre razão e sentido.

Na Idade moderna surge o dualismo: Mente x corpo.

No séc. XVII – surge a Revolução científica
Métodos: Matemático e método experimental
Influências: Medicina e fisiologia.

Séc. XIX – 1879 - A psicologia como ciência
Sociedade Industrial
Era das Escolas – Teorias e Sistemas: Funcionalismo, psicanálise, humanismo.

Séc. XX e XXI – Contemporaneidade: A psicologia como profissão.
Psicologia Aplicada: Escolar, clínica, industrial.
Períodos do séc. XX

1900 – 1935 - Grandes sistemas:
Estruturalismo – Wundt, Titchener
Funcionalismo – James, Thorndike, Dewey
Behaviorismo – Pavlov, Watson
Gestalt – Wertheimer, Kofka, Köhler
Psicanálise – Freud, seguidores e dissidentes

1935 – 1955
Métodos e operacionalismo lógico.

1955 – dias atuais
Redescoberta da consciência e retorno ao cognitivismo.

Psicologia no Brasil: 1500 – 2009
Períodos:
Colonial (1549 -1890)
Pré-universitário (1890 -1938)
Universitário (1938 - 1962)
Profissional (1962 – dias atuais)

Período Colonial
Os Jesuítas, dedicados a educação:
Padre Antônio Vieira (1608-1697)
José de Anchieta (1534-1597)

No período colonial, a realeza portuguesa foi contra a implantação de Universidades no Brasil. Apenas em 1808, quando a Família Real foi obrigada a deixar Portugal, é que foi fundada a Escola de Cirurgia da Bahia. Nesse período as idéias psicológicas serão produzidas principalmente, no âmbito da medicina e da educação.
No século XIX vão surgir idéias de saneamento e higiene das cidades; cogita-se inclusive a higiene moral, e deste modo as idéias psicológicas contribuem significativamente no trabalho da educação e da higiene moral.
A educação surgira através de uma proposta autoritária e disciplinar. Na medicina inauguram-se hospícios como asilos higiênicos e de tratamento moral (em 1842 é inaugurado no RJ o hospício Pedro II; em 1852 em SP o asilo Provisório de Alienados da cidade de SP).

Surge a República (final do séc. XIX). A psicologia adquiriu o estatuto de uma ciência autônoma na Europa e nos Estados Unidos.
No Brasil as idéias psicológicas serão relacionadas também à administração e à gestão do trabalho, baseadas no pensamento taylorista.
As guerras propiciaram o desenvolvimento dos testes psicológicos, diferenciando e categorizando a psicologia. E foi com este lugar social que a psicologia se institucionalizou no Brasil, sendo reconhecida em 27 de agosto de 1962 perante a LEI: 4.119, que dispõe sobre os cursos de formação em psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo.
Porém, com o regime que surgi após o golpe militar, a psicologia é reprimida; sendo promovidas várias mudanças no currículo do seu curso pelo Ministro da Educação.

A partir da inauguração dos laboratórios de psicologia experimental em 1906, e da criação do código de ética em 1975, a psicologia passa a deter um conhecimento próprio.

Nina Rodrigues, na Bahia (1939 - final do século XIX) investiga os tipos humanos, seus aspectos culturais e de comportamento, atribuindo à raça negra o atraso econômico da Bahia. Seus estudos sobre os grupos de indivíduos contribuíram para a psicologia social.

A psicologia como profissão se organizou e se estabeleceu em 1975 dividindo-se em psicologia clínica, escolar e organizacional, mas existem várias ramificações da mesma, tais como, a psicologia jurídica, a hospitalar, a forense, a social, entre outras.

A psicologia hoje - Influências das áreas originais:
Medicina
Educação
Filosofia

Influências teóricas:
Psicanálise (séc. XX inteiro, especialmente RJ e RS).
Behaviorismo (anos 1960 – USP, UNB)
Marxismo (anos 1980 em diante – Psicologia Social e Comunitária).

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